quarta-feira, 6 de maio de 2009

1NB - O Galo de Barcelos

1. Leia o texto com atenção.
Ao cruzeiro setecentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico de Barcelos, está associada uma curiosa lenda:
"...Os Habitantes do Burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, por não ter descoberto o autor. Certo dia, apareceu um Galego que se tornou de imediato suspeito do dito crime, visto que ainda não tinha sido encontrado o criminoso. As autoridades condais resolveram prênde-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o acreditou. Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse para Santiago de Compostela em cumprimento de uma promessa como era tradição na época , e fosse devoto fiel de S. Paulo e da Virgem Santíssima. Por isso foi condenado à forca. Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o havia condenado a tal destino. A autorização foi-lhe concedida, e levaram-no à presença do dito magistrado, que nesse momento se deleitava e banqueteava com os amigos . O galego reafirmou a sua inocência , e perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que se encontrava no centro de uma grande mesa, exclamando «É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem», perante gargalhadas e risos, não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no galo. O que parecia impossível aconteceu. Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo ergueu-se na mesa e cantou! Após tal acontecimento mais ninguém duvidava da inocência do Peregrino. O Juiz correu à forca e com espanto vê o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso, impedindo o estrangulamento. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz. Volvidos alguns anos, voltou a Barcelos e fez erguer um Monumento em Louvor à Virgem e a Santiago..."
2. Dê sinónimos das seguintes palavras e faça uma frase.
- Burgo.
- Crime.
- Crível.
- Juiz.
- Banquetear.
- Erguer.
- Lasso.
3. Responda às perguntas conforme o texto.
- Qual era causa do temor que abismava os barcelenses?
- Sabemos que o galego foi imediatamente apontado como suspeito. Porquê?
- Qual foi a punição atribuída ao galego?
- O que é que parecia impossível?
- Podemos inferir dentre o texto que o galego entendeu o juiz como sendo o seu salvador? Justifique.
4. Homófonas são as palavras que se pronunciam do mesmo modo embora a sua grafia seja diferente. No texto encontramos o vocábulo lasso que junto com laço faz parte do dito grupo. Procure agora mais palavras homófonas e indique o significado de cada uma.
5. Ao longo de todo o território português são inúmeras as lendas que se mantém vivas ainda hoje. Refira pelo menos cinco lendas e explique-as brevemente.
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1NA - O Mago morreu há 15 anos

1. Leia o texto com atenção.
Perfeccionista, metódico, determinado, persistente e individualista - estes eram alguns dos traços do carácter do brasileiro, um dos melhores pilotos da história da Fórmula 1 e um verdadeiro mago sob chuva ou em qualificação.
Conhecido como Beco em família, Harry durante o seu percurso nas categorias de promoção na Grã-Bretanha, ou simplesmente Mágico no "Grande Circo" da Fórmula 1, nasceu em Santana, no estado de São Paulo, em 21 de Março de 1960 e morreu em Imola, Itália, a 01 de Maio de 1994, aos 34 anos. Faz sexta-feira 15 anos, uma falha mecânica - a ruptura da coluna da direcção - lançou o seu Williams-Renault contra um muro de betão na curva Tamburello do Autódromo Enzo e Dino Ferrari, na sétima volta do Grande Prémio de São Marino, terceira prova do Campeonato do Mundo.
Campeão do Mundo em 1988, 1990 e 1991, rolava a cerca de 310 km/h e a colisão violenta foi inevitável. Com graves lesões cerebrais, provocadas pela perfuração do crânio por um tirante da suspensão, acabaria por ser declarado morto pouco depois de dar entrada no hospital Maggiore, em Bolonha. Este foi um dos fins-de-semana mais trágicos da história de Fórmula 1: cerca de 25 horas antes tinha morrido o austríaco Roland Ratzenberger, que aos 31 anos disputava o seu terceiro Grande Prémio, quando o seu Simtek-Ford embateu a 315 km/h contra um muro de betão na curva Villeneuve, após perder uma parte da asa dianteira.
Sexta-feira, na primeira sessão de qualificação, o Jordan-Hart de Rubens Barrichello descolou na Variante Baixa, a cerca de 200 km/h, embateu nas redes de protecção e capotou três vezes, deixando o piloto brasileiro inconsciente e impedido de alinhar na corrida, devido aos ferimentos sofridos, entre os quais uma fractura no nariz. Mas a corrida também começou mal, pois na largada o português Pedro Lamy não conseguiu evitar que o seu Lotus-Mugen Honda embatesse violentamente na traseira do Benetton-Ford do finlandês J.J. Lehto, que ficara parado, e a colisão lançou uma roda para as bancadas, o que provocou ferimentos em quatro pessoas. Este acidente ditou a entrada em pista do "safety car", que controlou o ritmo do pelotão até à sexta volta, pelo que Senna realizava a sua primeira volta lançada quando se despistou. Mais tarde, perto do final da corrida, o drama voltou a acontecer, mas desta vez nas "boxes": depois de reabastecer e trocar de pneus, o italiano Michelle Alboreto preparava-se para regressar à pista, quando se soltou uma roda do seu Minardi-Ford, num incidente de que resultaram ferimentos em três mecânicos da Ferrari e num da Lotus.
O dramático Grande Prémio de São Marino de 1994 marcou uma viragem histórica na Fórmula 1, pois não só obrigou a Federação Internacional do Automóvel (FIA) a alterar de forma radical as regras de segurança, como acabou por ser o momento da sucessão entre o piloto brasileiro e Michael Schumacher.
Se acabava de perder o único campeão mundial do plantel, a Fórmula 1 assistia ao início da glória do mais titulado piloto de sempre: o alemão, então na Benetton-Ford, alcançou em Imola a terceira das duas quatro vitórias consecutivas na abertura da época, lançando-se em definitivo para a conquista do primeiro dos seus sete Mundiais. Já no final da carreira, Schumacher, que então foi muito criticado por ter celebrado no pódio o triunfo em Imola, ainda foi a tempo de retirar a Senna o seu mais emblemático recorde, ao totalizar 68 "pole positions" contra as 65 do brasileiro, que assim é segundo nesta estatística. No entanto, 15 anos após a sua morte, este piloto, que disputou 162 Grandes Prémios desde a sua estreia na Fórmula 1, em 1984 com um Toleman-Hart, ainda tem vários registos notáveis: é o terceiro piloto com mais vitórias (41), pódios (80) e pontos (614), sempre atrás de Schumacher e do francês Alain Prost.
Em 01 de Maio de 1994, o "mágico" da chuva, que alcançou a sua primeira vitória na Fórmula 1 no Grande Prémio de Portugal de 1985, num autódromo do Estoril completamente alagado, deixou Schumacher sem adversário à altura: "O Rei morreu, viva o Rei".
Fonte: http://dn.sapo.pt/desporto (adaptado)
2. Que personagem se esconde no texto?
3. Defina as seguintes palavras.
- Betão.
- Alinhar.
- Alagado.
4. “Pole positions” e “boxes” sao alguns estrangeirismos adoptados pela língua portuguesa. Dê exemplos de mais estrangeirismos diferenciando os que tenham sofrido alguma alteração para se adaptarem à norma portuguesa e os que não.
5. Conhece mais “magos” do desporto? Assinale pelo menos 6 desportistas da lusofonia que muito se tenham destacado nas suas carreiras e explique brevemente o seu percurso profissional.
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domingo, 26 de abril de 2009

Uma Junta de Salvação Nacional

Lisboa, 26 de Abril de 1974
À 1.30 da madrugada foram apresentados ao país, pela RTP, os membros da Junta de Salvação Nacional:
-General António de Spínola (presidente)
- Capitão-de-fragata António de Alba Rosa Coutinho.
- Capitão-de-mar-e-guerra José Baptista Pinheiro de Azevedo.
- General Francisco da Costa Gomes.
- General Jaime Silvério Marques.
- Coronel da Força Aérea Carlos Galvão de Melo.
- General da Força Aérea Diogo Neto.
A Constituição da Junta é motivo de surpresa nos meios políticos. Porque preside o General António de Spínola e não o General Costa Gomes, que era o chefe da organização militar de que Spínola foi apenas vice-chefe? Como foi possível que o General Jaime Silvério Marques, cuja detenção militar tinha sido ordenada pelos chefes da revolução, passe da prisão para o Governo?
A presença de Galvão de Melo e do General Neto revela a preocupação de formar uma Junta sem sinal de esquerda ou de direita, critério fundamental de António de Spínola. Mas é possível fazer revoluções sem norte político? É esta a pergunta que os observadores atentos fazem.
In Diário da História de Portugal de J. H. Sariva e M.L. Guerra. Pág.175
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