sábado, 20 de dezembro de 2008

Estrelas de canela

Desde Colónia, o nosso colega Paulo Gouveia, na circunstância professor de Língua e Literatura portuguesas naquela cidade alemã, envia-nos esta receita que a seguir publicamos. Obrigado, amigo!
«As Estrelas de Canela constituem um doce típico de Natal na Alemanha. São sempre uma delícia para miúdos e graúdos. Este clássico faz igualmente parte “obrigatória” dos biscoitos sortidos da quadra natalícia.
Ingredientes para 60 Estrelas de Canela:
- 4 claras de ovo.
- 500 gr. de açucar em pó (fino).
- 30 gr. de canela moída.
- 1,5 colher de sopa de sumo de limão.
- 550 gr. de amêndoa moída.
Confecção:
●As claras de ovo são batidas fortemente. O açucar em pó é acrescentado, continuando-se a bater até formar castelo firme.
●Guardar ao lado 5 colheres de sopa das claras batidas em castelo, para a cobertura.
●Às claras batidas juntar a canela, o sumo de limão e a amêndoa moída, e misturar tudo até formar uma massa homogénea e consistente.
●Envolver essa massa numa película de plástico e colocar no frigorífico durante 1 hora para esfriar (senão fica demasiado peganhenta para ser trabalhada).
●Depois, estender a massa com 1 cm. de espessura.
Com uma forma apropriada (de metal ou plástico em forma de estrela), enforma-se as estrelas e coloca-se as mesmas em cima de um tabuleiro previamente protegido com papel de ir ao forno.
●Como cobertura, pincelar generosamente a superficie de cada estrela com as claras entretanto guardadas.
●Antes de ir ao forno, aconselha-se arrefecer uma vez mais.
●Depois, cozer no forno entre 130 e 150 graus durante 20 minutos.
BOAS FESTAS E BOM APETITE!»
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Festa de Natal 2008

Decorreu na tarde de ontem, dia 18 de Dezembro, a tradicional Festa de Natal da EOI Vva. de la Serena - Don Benito. Foi em ambiente de festa que a Escola Oficial de Idiomas das Veigas Altas deu o pontapé de saída as férias natalícias. E isto, com um programa cheio de actividades e boa disposição que fez as delícias dos numerosos assistentes que compareceram nas intalações de Villanueva.
Uma gincana internacional sobre o Natal nas difrentes línguas, um concerto de vilancicos e a degustação de produtos típicos destas festas foram algumas das actividades agendadas para o evento. No final houve a preceptiva entrega de prémios onde o troféu "Gincana" foi para o Departamento de Inglês enquanto que o Departamento de Português acabou por arrecadar o troféu "Melhor Vilancico" pela sua adaptação do tema Natal de Elvas.
Uma tarde bem passada onde não faltaram mil e uma peripécias e que, em muito, contribuiu para a consolidação da comunidade educativa.
Felicidades a todos os participantes!
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Jazziberia 2008

O Festival Jazziberia receberá na próxima sexta-feira, dia 19 de Dezembro, a actuação da vocalista portuguesa Sara Serpa.
Nascisda em Lisboa, e actualmente a viver em Nova Iorque, a vocalista e compositora Sara Serpa cedo revelou a sua vocação musical. Com 11 anos entrou na Escola de Música e Conservatório de Lisboa onde iniciou os seus estudos de piano. Mais tarde, frequentou durante dois anos o curso de Pintura na Faculdade de Belas Artes e, ainda, o Instituto de Psicologia Aplicada onde se licenciou em Reabilitação e Inserção Social. Tempo depois entrou na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e dai, as aspiraçoes e os desafios musicais, fizeram com que rumasse para os EUA.
Mestre em Jazz Performance, Sara Serpa é um exemplo dessa nova geração de cantoras caracterizadas por uma profundidade e uma inquietação musical que a leva a mergulharse na experimentação de novos sons e melodias.
O concerto dará início às 22h30 no Centro de Ocio Contemporáneo COC de Badajoz.
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sábado, 13 de dezembro de 2008

Festival Lusosonias

Olivença acolherá, durante este fim-de-semana, o festival Lusosonias. Um programa cultural promovido conjuntamente pela associação oliventina “Além Guadiana” e a associação “Do Imaginario”, de Évora, com a colaboração do Gabinete de Iniciativas Transfronteiriças, a Santa Casa da Misericórdia e a Câmara Municipal de Olivença. Com este programa pretende-se fomentar o intercâmbio cultural e aproximar de Olivença a tradição musical portuguesa, unindo transmissão oral, animação de rua e sons de Portugal, num espaço de vincado carácter visual e musical.
Às 12 h. de sábado, os “Gigabombos”, gigantes e cabeçudos acompanhados de uma banda de tambores e gaitas, animarão as ruas de Olivença. Às 20h00 de sábado e às 13h15 de domingo actuarão o trio musical “Sons do Vagar”, que interpretará ambientes musicais do Alentejo, e o grupo coral feminino “Vozes do Imaginário”, um percurso pelas polifonias tradicionais portuguesas do Minho ao Algarve. Ambos os concertos terão lugar na capela da Santa Casa da Misericórdia, instituição de origem portuguesa que este ano celebra o seu 507 aniversário.
Este programa cultural constitui por sua vez uma maneira de vitalizar a herança portuguesa de Olivença, que se manifesta no seus monumentos, língua e tradições. Mais informação na web da associação http://www.alemguadiana.com/ e no seu blogue http://alemguadiana.blogs.sapo.pt/.
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2NA - O Natal de Pessoa

1. Leia o poema NATAL de Fernando Pessoa.



«Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Estou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!»
2. Defina os seguintes termos:
- Aconchegado.
- Vidraça.
3. Caracterize com cinco adejctivos o Natal descrito pelo poeta.
4. Como se reflecte a personalidade do poeta neste texto.
5. Explique a seginte frase: Natal... Na província neva
6. Redija um pequeno texto (de preferência poético) onde retrate um "Natal ideal".
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1NB - Quando tudo começou

1. Leia o texto com atenção.
«Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. José subiu também desde cidade de Nazaré, na Galiléia, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém para alistar-se com Maria, a sua esposa, que, na altura, estava já grávida. Aconteceu , porém, que estando eles ali se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E, de facto, deu à luz ao seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.»
2. Defina os seguintes termos:
- Manjedoura.
- Estalagem.
- Louvar.
- Multidão.
- Apressadamente.
3. Porque viajaram José e Maria a Belém?
4. Onde deu à luz Maria?
- Numa manjedoura.
- Numa estalagem.
- Num presépio.
- Numa casa rural.
5. Como receberam os pastores a notícia do nascimento do menino Jesus?
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Anedota com sotaque

Na hora do jantar pergunta o miúdo:
- Ó! Muãe...o q’é üm insáte?
- Nã sê... pergunta à tü irmã.
- Ó! Mana...o q’é üm insáte?
- Nã sê... pergunta ó puai.
- Ó! Puai...o q’é üm insáte?
- Ó! Mê ganda bürre... um insáte sam oite!
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Cavaca Minhota

Ingredientes:
- 10 gemas.
- 5 claras.
- 6 colheres de sopa de açúcar.
- 5 colheres de sopa de farinha.
- 200 g de açúcar para a calda.
- 125 g de açúcar para a cobertura.
- 2 colheres de sopa de leite.
- 1 casca de limão.
Confecção:
- Batem-se muito bem as gemas com o açúcar (durante meia hora se for à mão e 10 m se for batido com máquina eléctrica).
- À parte, batem-se as claras em castelo bem firme e juntam-se cuidadosamente ás gemas, alternando com a farinha previamente peneirada.
- Deita-se a massa numa forma redonda e lisa com cerca de 25 cm de diâmetro, previamente untada e polvilhada com farinha. Leva-se o bolo a cozer em forno médio (180º C) durante cerca de 40 minutos.
- Depois de cozido, retira-se do forno, pica-se todo com um palito de madeira e, ainda dentro da forma, rega-se com a calda. Desenforma-se em seguida para o prato de serviço e e cobre-se com a cobertura preparada.
- Calda: Dissolve-se o açúcar com 2 dl de água e leva-se ao lume com a casca de limão. Deixa-se ferver até fazer ponto de pasta.
- Cobertura: Dissolve-se o açúcar no leite sobre lume muito brando ou em banho-maria.
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Prémio Dardos

Com apenas dois meses de funcionamento, o nosso blogue já se revelou como uma das plataformas de ensino/apredizagem de língua portuguesa mais relevante do panorama académico estremenho e não só. Alunos e visitantes de todo o mundo têm feito deste espaço um dos mais procurados e, sobretudo, um dos mais e melhor valorizados dentre os do seu sector. Fruto deste reconhecimento e do intenso labor do Departamento de Português da EOI Villanueva de la Serena-Don Benito foi a recente distinção do Falar à portuguesa com o Prémio DARDOS. Este "galardão", atribuido pelo blogue da Associação ALÉM GUADIANA, reconhece o dedicado empenho de todas aquelas plataformas online orientadas à divulgação da língua e da cultura portuguesas.
A Associação ALÉM GUADIANA é uma colectividade oliventina fundada em Março de 2008 cujos interesses passam pelo estudo, a recuperação, a promoção e o prazer da cultura portuguesa bem como a aproximação à Lusofonia.
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Uma questão de laços

O Canal Extremadura TV dedicará a programação desta noite às relações luso-estremenhas. Deste jeito, o programa Ecos, a partir das 23h40, centrará o seu debate nas relações transfronteiriças extremenhas, sob el título 'Portugal e Extremadura: uma questão de laços'. No debate participarão o director do Debate Penínsular Ágora, Ignacio Sánchez Amor; o jornalista Luís Filipe Rocha; o presidente do Núcleo Empresarial de Portalegre (NERPOR), Jorge Rebocho Pais; e ainda a professora titular de Filologia Portuguesa da Universidade da Extrenadura, María Jesús Fernández García.
Mas não fica por aqui a progração dedicada a Portugal e à sua importância para a nossa região. Pois que já o programa Esfera dedicará o seu espaço, a partir das 22h50, à reportagem 'Raianos, gente sem fronterias'. Este trabalho, fruto de uma produção própria do Canal Extremadura TV, aproxima-se das terras raianas, tanto extremenhas como portuguesas, para descubrir bem de perto as vivências dos seus habitantes que parecen diluir, no seu dia-a-dia, a hsitórica a separação à que os dois territórios foram submetidos.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

2NA - Governo provisório

1. Leia o texto com atenção.
Lisboa, 1 de Dezembro de 1640.
Os conjurados deliberaram designar um governo provisório incumbido dos assuntos mais urgentes até que o novo rei chegue a Lisboa. Foram escolhidos os arcebispos de Lisboa e Braga e o inquisidor-geral D. Francisco Castro. Este último recusou-se a aceitar o cargo e foi substituído pelo visconde D. Lourenço de Lima, fidalgo respeitado.
A duquesa de Mântua, vice-rainha, foi mandada recolher ao Paço Real de Xabregas e dali foi instalar-se no Convento de Santos-o-Novo, onde faz os preparativos para regressar ao seu país.
De toda a parte chegam notícias de que a revolução obteve um êxito completo e fulminante. Até os três galeões espanhóis, que, vindos da Corunha, tinham entrado no Tejo, se renderam e foram ocupados por portugueses, sem se disparar um único tiro.
In Diário da Histótia de Portugal. J.H. Saraiva e M.L. Guerra
2. O golpe de estado de 1640 foi um facto bem arquitectado. Destaque, de entre o texto, algumas expressões que assim o refiram.
3. Explique brevemente quem era a duquesa de Mântua.
4. Segundo o texto, como foi o comportamento dos revolucinários?
5. Redija um texto noticioso (150 palavras) onde dê conta de como foi recebida, em Madrid, a noticia do golpe de estado de 1640.
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1NB - Golpe em Lisboa

1. Leia o texto com atenção.
Lisboa, 1 de Dezembro de 1640
Um grupo de fidalgos introduziu-se esta manhã no Paço Real, matou o secretário Miguel de Vasconcelos e, do alto das janelas do Paço, proclamou rei de Portugal o duque de Bragança, D. João, que se encontra no Palácio de Vila Viçosa.
In Diário da Histótia de Portugal. J.H. Saraiva e M.L. Guerra
2. O que é que aconteceu em Lisboa na data referida?
3. Qual era a situação política do país até esse momento?
4. Quem era Miguel de Vasconcelos?
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Bacalhau à Lagareiro

Ingredientes para 6 pessoas:
- 4 postas de bacalhau grosso (600 g aprox.).
- 2 dl de azeite.
- 4 dentes de alho.
- Sal.
- Pimenta.
- 1 limão.
- 2 ovos ;
- Pão ralado.
- 2 colheres de sopa de manteiga ou de margarina.
- 4 dl de azeite.
Confecção
- Corta-se o bacalhau em quadrados grandes e põe-se de molho durante 24 horas, mudando a água duas ou três vezes.
- Uma ou duas horas antes de se cozinhar, escorre-se o bacalhau, cobre-se com leite e tempera-se com os dentes de alho cortados ás rodelas, sal, pimenta e sumo de limão. Em seguida escorrem-se e passam-se os filetes de bacalhau pelos ovos batidos e por pão ralado e dispõem-se numa frigideira de barro.
- Sobre cada filete coloca-se uma nozinha de manteiga ou de margarina.
- Deita-se o azeite na frigideira (não deve cobrir o bacalhau) juntamente com duas colheres de sopa do leite que serviu para temperar o bacalhau.
- Leva-se a assar no forno regando de vez em quando com o molho. O bacalhau deve ficar muito louro.
-Come-se bem quente com batatas cozidas.
- À parte serve-se uma boa salada.
BOM APETITE!
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A tesoura de Átropos

«Numa das paredes do corredor, e no silêncio abafado, luta Dom Beltrán, o cão, com o terrível pesadelo, porfiando por se libertar daquela duna imensa onde mais e mais se vai enterrando. Batem-se numa outra superfície os dois campônios obstinados, intentando escacarar-se mutuamente os redondos crânios de idiotas sem remissão. Volta Dom Francisco a respirar muito fundo. Movem-se as três parcas no painel de tintas lúgubres, trocam risos entre si, e avança a mais implacável, vogando na extrema ligeireza. Estremece numa gargalhada, corta certeiramente o débil fio de prata.»
In Gémeos de Mário Cláudio.
Até mais ver.
AMIGO
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Caldo-verde à Minhota

Ingredientes para 4 pessoas:
- 180 a 200 g de couve galega cortada em caldo-verde.
- 1 cebola.
- 2 dentes de alh.
- 600 g de batatas.
- 4 rodelas de salpicão ou de chouriço de carne.
- 2 fatias de broa de milho.
- 1,5 dl de azeite.
- Sal.
Confecção:
- Descascam-se as batatas, a cebola e os dentes de alho e levam-se a cozer em 1,5 litros de água temperada com sal e metade da quantidade de azeite. Entretanto arranjam-se as folhas de couve, lavam-se e cortam-se em juliana finíssima.
- Quando as batatas estiverem bem cozidas, esmaga-se tudo (batatas, cebola e alhos) com um garfo ou com o espremedor de batata.
- Leva-se novamente ao lume e 10 minutos antes de servir, com o caldo a ferver em cachão, junta-se a couve bem escorrida.
- Deixa-se cozer com o recipiente destapado até a couve deixar de saber a cru.
- Rectifica-se o tempero e adiciona-se o restante azeite.
- Coloca-se uma rodela de salpicão ou de chouriço de carne em cada prato ou tigelinha e rega-se com o caldo-verde.
- Cortam-se as fatias de broa ao meio e distribuem-se pelas pessoas.
Nota: No Verão, época em que a couve galega é mais rija, convém escaldá-la antes de se juntar ao caldo.
BOM APETITE!
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Roteiro gatronómico

É já na próxima semana que iniciamos uma nova actividade nesta plataforma on-line. Com efeito, será a partir da segunda-feira, dia 24 de Novembro, que os nosso alunos e visitantes terão acesso, através do nosso blog, às mais variadas receitas da cozinha tradicional portuguesa e não só. Um intenso percurso grastronómico onde serão referidas as receitas mais típicas das diferentes regiões do país e além fronteiras.
Se ainda não acham interessante esta actividade, leiam o que aconteceu a Álvaro de Campos por ter de ir almoçar num restaurante.
DOBRADA À MODA DO PORTO
Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo ...
(Sei muito bem que na infância de toda a gente houve um jardim,
Particular ou público, ou do vizinho.
Sei muito bem que brincarmos era o dono dele.
E que a tristeza é de hoje).
Sei isso muitas vezes,
Mas, se eu pedi amor, porque é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?
Não é prato que se possa comer frio,
Mas trouxeram-mo frio.
Não me queixei, mas estava frio,
Nunca se pode comer frio, mas veio frio.
Álvaro de Campos, in Poemas
Heterónimo de Fernando Pessoa
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

1NA - Colete encarnado

1. Leia o texto com atenção.
Os cavalos e os touros transformaram a paisagema sul do Tejo e criaram uma personagem singular, guardião da lezíria e dos animais que a percorrem. Quando jovem e aprendiz, recebe o nome de "anujeiro" e dedica-se à criação dos touros, instigando-os a demonstrarem a sua valentia na Praça, local último do seu destino e glória. A tarefa que o opõe ao imprevisível touro é árdua e a experiência é construída ao longo de muitos anos de sabedoria tradicional. Hoje, já não dormem junto ao gado, como noutros tempos, mas o duelo entre o touro e o homem, que começa muito antes da arena, fá-lo sentinela indissociável da beira-Tejo. Altivo sobre o seu cavalo, com a vara larga na mão, atinge uma dimensão mítica com o seu vestuário característico: jaqueta e calção escuros, um gorro ou barrete verde, colete encarnado, meias brancas rendilhadas e sapatos com saltos de prateleira. Ao peito, exibe com orgulho uma simples chapa metálica com o ferro ou brasão do criador, o "ganadero", a quem dedica o amor do seu trabalho e toda uma vida. Este último cavaleiro nómada da planície é um genuíno exemplar do meio ao qual pertence e a mesma agilidade, destreza e elegância é observada frente a frente, olhos nos olhos, tanto no dia-a-dia como na dança típica da região, o fandango.
É a própria raça que alguém modelou.
Fonte: http://www.infopedia.pt/ (adaptado)
2. Que figura emblemática do campo português encerra o texto?
3. Em que região o podemos encontrar? Refira cinco povoações emblemáticas daquela zona.
4. Caracterize a personalidade destes homens?
5. Defina os seguintes termos:
- Anujeiro.
- Lezíria.
- Rendilhada.
6. Sabemos que um colete encarnado é uma peça do vestuário tipico. Procure outra significação muito especial para região onde se utiliza.
7. O que é o fandango?
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Cmpto. Ibérico de Orientação

A Cámara Minicipal de Idanha a Nova em colaboração com a Federação Portuguesa de Orientação FPO e a Associação de Deficientes das Forças Armadas ADFA, apresenta a 16ª edição do Campeonato Ibérico de Orienteção Pedestre.
Será entre os dias 5 e 7 de Dezembro, que esta vila fronteiriça acolherá aquilo que é um evento a não perder para os amantes do desporto de aventura. O relevo, as características do terreno e a beleza natural da região de Idanha-a-Nova apresentam condições ideais para a prática da Orientação o que a converte em palco frequente de actividades desportivas de carácter nacional e internacional. Aqui se realizam, anualmente, várias provas a contar para o Nacional de Orientação e actividades associadas às Corridas de Aventura.
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1NB - Almeida Garrett

1. Leia o texto com atenção e procure no diccionário as palavras que lhe dificultam a compreensão.
Caros alunos de português:
Podem chamar-me João, mas devem saber que o meu nome completo é João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett. Com vêem, um bocado extenso. Para ser sincero, devo dizer que antes era mais curto, demasiado simples, por isso fui buscar o meu último apelido – Garrett – a uma ascendente irlandesa que outrora descobri na genealogia paterna. Sou natural da Cidade Invicta, onde nasci em 1799 no seio duma família acomodada de comerciantes minhotos. Passei a minha infância a caminho das quintas do Castelo de do Sardão. Locais misterioso, rodeados de histórias de fantasmas e aparições que a Dona Brígida e a Dona Rosa – as minhas criadas – se encarregavam de temperar com boas doses de almas errantes e mouras encantadas.
Por ocasião das invasões francesas, acompanhei a minha família até às Ilhas Encantadas onde conheci o meu tio Alexandre: um homem que pertenceu àquela brilhante constelação de sábios e homens de letras que iluminou o reinado da Senhora D. Maria I. Já de regresso em Portugal, matriculei-me na universidade mais antiga do país. Estive emigrado na Inglaterra, na França e na Bélgica por questões políticas. Até participei no desembarco no Mindelo junto do meu amigo Herculano, no ano 1832.
Neste momento, uma vez superado o falecimento da minha querida Adelaide, principio a namoricar – eu crítico dos barões – com uma viscondessa.
Que fez ela? Eu que fiz- Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei.
E foi no regresso duma dessas VIAGENS NA MINHA TERRA à procura do aconchegado amor que a capital me faculta, que deparei com uma estampa digna de reportagem.
Pois que vinha eu ainda ingurgitando aquela sopa da pedra, quando deparei-me com um quadro verdadeiramente pintoresco: dois campino e dois pescadores num singular pulso de valentia. Parecia a esquerda de um parlamento quando vê sumir-se no burburinho acintoso das turbas ministeriais, as melhores frases e as mais fortes razões dos seus oradores. Mas o orador ílhavo não era homem de se dar assim por derrotado. Olhou para os seus, como quem os consultava e animava, com um gesto expressivo, e voltando-se a nós, com a direita estendida aos seus antagonistas:
— Então agora como é a força, quero eu saber, e estes senhores que digam, qual é que tem mais força, se é um toiro ou se é o mar.
— Essa agora!...
— Queríamos saber.
— É o mar.
— Pois nós que brigamos com o mar, oito a dez dias a fio numa tormenta, de Aveiro a Lisboa, e estes que brigam uma tarde com um toiro, qual é o que tem mais força?
Os campinos ficaram cabisbaixos; o público imparcial aplaudiu por esta vez a oposição, e o Vouga triunfou no Tejo.
2. Qual é a Cidade Invicta? E as Ilhas Encantadas?
3. Em que período da história portuguesa se enquadra o "desembarco do Mindelo"?
4. Seria capaz de comer uma sopa de pedra? Porquê?
5. Quem são os campinos?
6. O Tejo é um rio, e o Vouga é...
7. Defina os seguintes termos.
- Outrora.
- Minhoto.
- Aconchegado.
8. A que corrente literária pertence Almeida Garrett?
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domingo, 16 de novembro de 2008

Pista de gelo em Elvas

A Câmara Municipal de Elvas anuncia a abertura da época da pista de gelo, no Coliseu José Rondão Almeida. O recinto abre durante 63 dias consecutivos, entre 15 de Novembro de 2008 e 16 de Janeiro de 2009. A abertura está marcada para 15 de Novembro (sábado), às 15 horas. No dia da abertura, a pista fica aberta até às 21 horas.
O horário para o público já se encontra definido:
De 16 de Novembro a 21 de Dezembro: das 16 às 21 horas de segunda a sexta-feira; e das 10 às 21 horas aos sábados, domingos e feriados.
De 22 de Dezembro a 4 de Janeiro: das 14 às 21 horas de segunda a sexta-feira; e das 10 às 21 horas aos sábados, domingos e feriados.
Dias especiais festivos: 24 de Dezembro das 10 às 13 horas; 25 de Dezembro das 16 às 21 horas; 31 de Dezembro das 10 às 13 horas; e 1 de Janeiro das 16 às 21 horas.
O preço de utilização é de três euros por pessoa e por períodos de 30 minutos.
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A1/C1/C2 - A personagem

1. Leia o texto com atenção.
«Alguém que Deus já lá tem
Uma voz consgrada
Que foi bem grande e nos dói
Ao ser recordada
Cantou numa terra
Com graça e com vida
A letra mais bela
Da pátria mais querida.»
2. De quem se trata?
3. Qué tipo de música cantava?
4. Enumera cinco das suas canções mais conhecidas.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Magusto na EOI Villanueva

Decorreu na tarde de ontem, dia 11 de Novembro, o tradicional Magusto do São Martinho.
Foi em ambiente de festa e diversão que a EOI de Villanueva de la Serena acolheu a habitual e sempre castiça festa da castanha. Organizado pelo Departamento de Português, o magusto deu inicio às 19h00 com o espetar de fogo ao churrasco e uma breve explicação sobre o São Martinho e a importância desta data em Portugal. Cumpridas as cerimónias procedeu-se ao assado de vários quilos de castanhas que foram degustados, ainda bem quentes, pelos numerosos assistentes.
Uma tarde bem passada onde participaram, além de um nutrido grupo de alunos de português, professores e alunos de outros idiomas nomeadamente de inglês, que desfrutaram do convívio e de uma celebração tão genuinamente portuguesa.
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C2 - Passeando por...

1. Leia o texto com atenção.
Delimitada pelos concelhos de Montalegre e Boticas é uma zona de serranias e planaltos, tendo nas serras da Altura (1279 metros) e Leiranco (1115 metros) as elevações mais pronunciadas de uma zona sulcada pelos rios Cavado e Tâmega, que com os seus afluentes permitiram irrigar os campos, onde surgem vestígios da ocupação humana que remontam ao período Neolítico bem patentes nos dólmens da região de Carrasedo do Alvão. Os vestígios de alguns castros remetem-nos para a cultura pré-romana. Como curiosidade, refiram-se as culturas graníticas encontradas perto de Montalegre e que estão depositadas no Museu Leite de Vasconcelos em Lisboa.
As populações desta região dependem da sua actividade agro-pastoril em terras pobres onde se cultiva o centeio e a batata que juntamente com o gado ovino e caprino fazem a "riqueza" de pequenos agricultores. A vida comunitária tem raízes muito profundas, embora hoje estas tradições comecem a ser apenas uma recordação dos mais velhos que nos falam das assembleias populares outrora conhecidas por "coutos". O mesmo acontece com os fornos comunitários, utilizados por todos os habitantes de uma localidade, os "rebanhos do povo", que à vez eram entregues à responsabilidade de cada membro do povoado, os pastos comuns ou o "boi do povo". Com efeito, o gado bovino da região tem características específicas que levaram ao reconhecimento de uma raça autóctone que passa por ser a primeira a ter uma identificação de origem no país. São também os bois os protagonistas de uma das manifestações culturais mais arraigadas desta zona, “as Chegas”.
Por isso, já sabe: vale a pena aproveitar um fim de semana e visitar esta região que apresenta algumas das paisagens mais inóspitas e belas de Portugal.
Vamos lá então!
2. Como se chama a região descrita no texto? Localize-a pormenorizadamente.
3. Quais são essas culturas graníticas encontradas em Montalegre? Qual a sua importância?
4. Caracterize a economia praticada na zona? Revela altos níveis de desenvolvimento?
5. Sabemos que os “coutos” eram um tipo de assembléia, mas, qual era a sua função dentro da vida comunitária?
6. Qual é a raça bovina típica destas paragens? Descreva-a.
7. O que são “as Chegas”?
8. Nas aulas ouvimos uma música tradicional desta região. Qual? Caracterize-a.
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sábado, 8 de novembro de 2008

Magusto do São Martinho


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VII Encontro de Vinhos FEVAL

A Instituição Ferial de Extremadura FEVAL recebe na manhã de hoje, Sábado 8 de Novembro, o VII ENCONTRO DE VINHOS EXTREMADURA-ALENTEJO. As actividades, que se integram no marco da Feira Internacional de Alimentação FIAL 2008, realizar-se-ão no espaço do III Encontro Internacional – Pavilhão 1.
Programa:
10h30: Abertura do Recinto Ferial.
12h00: VII ENCONTRO DE VINHOS EXTREMADURA-ALENTEJO.
12h00: Vídeo sobre Extremadura.
12h30: Valoração do júri dos vinhos apresentados a concurso.
13h00: Entrega de prémios.
14h00: Degustação de produtos regionais oferecida por Alimentos de Extremadura e cata pública de vinhos de extremenhos e alentejanos.
20h00: Clausura do encontro.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Noite de Fado em Don Benito

A Delegação da Cultura da Cámara Municipal de Don Benito, agendou, dentro do seu programa cultural para o mês de Novembro, a actuação da fadista portuguesa Helena Leonor.
«Helena Leonor tem 31 anos e canta fado há já 15. A sua vida resume-se na música, nos bonitos poemas que outrora poetas criaram e que outros criam para si. A sua melódica e suave voz, são a sua imagem de marca, não descurando a doçura da sua presença. Helena canta de alma carregada de paixão que inunde cada um de nós. Helena assume-se uma pessoa melancólica mas feliz, por se encontrar cada vez que canta o fado.» http://helenaleonor.home.sapo.pt/
A Casa da Cultura de Don Benito será palco deste concerto que terá lugar na Sexta-feira, dia 7 de Novembro, pelas 21h00.
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terça-feira, 4 de novembro de 2008

1NA - Entre adufes e marafonas

De nome Maria da Resurreição Rolão, monsantina de nascença. Aos seus oitenta e quatro anos é uma das resistentes criadoras de marafonas. Arte este, o de criar marafonas, onde a adjectivam de docta exímia, ao passo que lhe reconhecem habilidade inata para o toque do adufe. Não raro, até na Jugoslávia teve oportunidade de bater o seu bimembranofone. Mas isso era noutros tempos. Agora, munida de adufe e marafona, passeia a freguesa da aldeia mais portuguesa de Portugal.

1. De onde é natural a protagonista do texto.
2. O que significa "resistentes criadoras"?
3. O que são as marafonas?
4. O que é um adufe?
5. Aldeia mais portuguesa de Portugal?


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1NB - Padre António Vieira

1. Leia o texto com atenção.
Amigos do blog,
O meu nome é António Vieira, sou natural de Lisboa, a capital portuguesa, onde nasci em 1608, mas agora moro na cidade da Baía, no Brasil. Tenho setenta e quatro anos e um só desejo: que me deixem em paz.
Já não trabalho, sou reformado. Mas ao longo da minha vida trabalhei muito. Aos quinze anos entrei na Companhia de Jesus onde tive oportunidade de aperfeiçoar os meus conhecimentos de latim e dos autores clássicos. Na verdade, gosto muito de ler as obras de Cícero. Recebi o sacerdócio em 1635 e dediquei-me durante cinco anos à evangelização das aldeias baianas. Como não gostava nada dos holandeses, sempre que podia, estimulava os portugueses e os índios à resistência contra os piratas huguenotes.
Depois dos acontecimentos de 1640, o Vice-Rei enviou-me a Portugal, onde não fui muito bem recebido pelos ilustres peitos lusitanos. Resolvidos os problemas iniciais, el-rei encarregou-me várias missões diplomáticas pela Europa.
Tinha muitas saudades do Brasil e, além disso, estava um pouco farto do Velho Continente, por isso voltei para lá em 1653. E assim andei, de cá para lá, até o ano passado.
Agora sou um velho cansado e desiludido, apenas Deus me interessa.

2. Redija um breve texto de apresentação. (nome, idade, morada, profissão, linguas que fala, interesses, etc).
3. Lisboa é a capital de Portugal. Qual é a capital do Brasil?
4. Qual era a profissão do Padre António Vieira?
5. Em que ano escreveu este texto? (Escrevam o número por extenso)
6. Que acontecimento histórico marcou o ano de 1640?
7. Explique a expresão “ilustres peitos lusitanos”.
8. Que rei encarreou as missões diplomáticas ao Padre António Vieira?
9. Dê antónimos de: natural, conhecimento, iniciais, velho e desiludido.
10. Indique algumas obras do autor.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Apresentação oficial

Realizou-se na passada quinta-feira, dia 30 de Outubro, o acto de apresentação oficial do blog falaraportuguesa.blogspot.com.
O evento, que teve lugar na sede da EOI de Villanueva de la Serena, contou com a participação de um nutrido número de alunos, dos professores do Departamento de Português e ainda com a presença do Director da EOI Villanueva-Don Benito. Este último sublinhou a importância de iniciativas como esta, tendentes a divulgar o ensino de línguas estrangeiras no seio da região estremenha.
Durante a apresentação, os assistentes tiveram a oportunidade de visionar os recursos e conteúdos desta plataforma virtual, familiarizando-se assim com uma ferramenta útil e necessária que se revela já como um dos esteios do futuro ensino de PLE.
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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mensagem do Director

Caros alunos,

É sempre gratificante acolher uma iniciativa como esta. A nossa escola, consciente dos novos caminhos pelos que o ensino de línguas estrangeiras enveredou na última década, tem vindo a promover acções em diversas àreas, e também no que toca às novas tecnologias. Com efeito, o aproveitamento académico dos recursos online têm vindo a revelar-se como um dos esteios do ensino de linguas estrangeiras.
Aproveito igualmente a ocasião para animar-vos a visitar e a participar com regularidade neste blog, através do qual poderemos não só afiançar ou alicerçar os nossos conhecimento de língua portuguesa, mas também aprofundarmos no conhecimento e, portanto, na fruição da cultura dos países lusófonos.
Por último, queria agradecer o esforço dedicado dos professores do Departamento de Português encoranjando-os, assim mesmo, a continuarem neste seu labor de divulgação da língua portuguesa.

Obrigado a todos e bom trabalho!

O Director.
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