Estremoz celebrará de 30 de Novembro a 4 de Dezembro a 19ª edição do festival gatronómico COZINHA DOS GANHÕES.
Este certame, a realizar no Parque de Feiras e Exposições, contempla ainda mostra de produtos regionais, doçaria, vinhos, artesanato e um programa cultural. Certame gastronómico que contempla ainda mostra de produtos regionais, doçaria, vinhos, artesanato e um programa cultural.
A Cozinha dos Ganhões era pobre de meios e alimentação. Os Ganhões eram trabalhadores agrícolas que tudo faziam, alimentando-se do que lhes era dado pelos ricos Lavradores das Herdades.
A comida fornecida aos Ganhões era frugal, e sempre pouca em quantidade, excepto no pão, que era servido com abundância.
O almoço era às 7 da manhã, o jantar ao meio dia e a ceia ao sol posto. Entre as grandes refeições merendava-se pão com azeitonas, ou outro “conduto” como queijo.
Ao almoço dava-se sopa de cebola ou alho, com conduto de azeitona e meio queijo. À ceia comiam açorda (pão aos bocadinhos, água quente, alho batido, muito pouco de azeite e raramente coentros ou poejos) com azeitonas no Inverno e gaspacho (água fria, bocadinhos de pão, muito pouco azeite e alho esmagado) no Verão.
Tudo podia variar entre Herdades, e áreas regionais, pois outras havia que davam refeições como grãos de azeite ou carne (toucinho ou enchidos velhos), cozinhados com hortaliças e batatas (refeição que podia ser dada ao jantar). As gorduras que compunham as refeições eram de origem vegetal e animal, eram dadas em dias certos da semana, sendo as de carne as mais apreciadas pelos ganhões, se bem que era sempre muito pouca.
Contam antigos Ganhões que dentro da sua Cozinha (Casa dos Ganhões), na hora das refeições, quando o Abegão (que era quem mandava nos Ganhões e distribuía tarefas) chamava para almoço, tinha de se tirar o chapéu logo à entrada. Depois de todos sentados, com o Abegão à cabeceira da mesa invulgarmente comprida, mas modestamente construída por grossas tábuas, só podiam principiar a refeição após o chefe dizer - “Com Jesus”. Depois só se levantavam quando o Abegão dissesse - “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo” (aliás o mesmo se passava no principiar e finalizar do dia de trabalho).
Em certas Herdades comiam todos do Barranhão, que era um grande recipiente onde era preparada a comida, e pelo qual todos tinham de comer à vez, com as suas colheres. O Abegão distribuía toucinho, morcela ou farinheira em partes mais ou menos iguais entre os Ganhões.
Fonte: http://museuestremoz.wikia.com
Este certame, a realizar no Parque de Feiras e Exposições, contempla ainda mostra de produtos regionais, doçaria, vinhos, artesanato e um programa cultural. Certame gastronómico que contempla ainda mostra de produtos regionais, doçaria, vinhos, artesanato e um programa cultural.
A Cozinha dos Ganhões era pobre de meios e alimentação. Os Ganhões eram trabalhadores agrícolas que tudo faziam, alimentando-se do que lhes era dado pelos ricos Lavradores das Herdades.
A comida fornecida aos Ganhões era frugal, e sempre pouca em quantidade, excepto no pão, que era servido com abundância.
O almoço era às 7 da manhã, o jantar ao meio dia e a ceia ao sol posto. Entre as grandes refeições merendava-se pão com azeitonas, ou outro “conduto” como queijo.
Ao almoço dava-se sopa de cebola ou alho, com conduto de azeitona e meio queijo. À ceia comiam açorda (pão aos bocadinhos, água quente, alho batido, muito pouco de azeite e raramente coentros ou poejos) com azeitonas no Inverno e gaspacho (água fria, bocadinhos de pão, muito pouco azeite e alho esmagado) no Verão.
Tudo podia variar entre Herdades, e áreas regionais, pois outras havia que davam refeições como grãos de azeite ou carne (toucinho ou enchidos velhos), cozinhados com hortaliças e batatas (refeição que podia ser dada ao jantar). As gorduras que compunham as refeições eram de origem vegetal e animal, eram dadas em dias certos da semana, sendo as de carne as mais apreciadas pelos ganhões, se bem que era sempre muito pouca.
Contam antigos Ganhões que dentro da sua Cozinha (Casa dos Ganhões), na hora das refeições, quando o Abegão (que era quem mandava nos Ganhões e distribuía tarefas) chamava para almoço, tinha de se tirar o chapéu logo à entrada. Depois de todos sentados, com o Abegão à cabeceira da mesa invulgarmente comprida, mas modestamente construída por grossas tábuas, só podiam principiar a refeição após o chefe dizer - “Com Jesus”. Depois só se levantavam quando o Abegão dissesse - “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo” (aliás o mesmo se passava no principiar e finalizar do dia de trabalho).
Em certas Herdades comiam todos do Barranhão, que era um grande recipiente onde era preparada a comida, e pelo qual todos tinham de comer à vez, com as suas colheres. O Abegão distribuía toucinho, morcela ou farinheira em partes mais ou menos iguais entre os Ganhões.
Fonte: http://museuestremoz.wikia.com