1. Leia o texto com atenção.
Nasceu Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro, filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em Lisboa e a 21 de Março de 1846 no seio duma família de artistas, o que lhe confeiru, desde cedo, o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes, no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores. Três anos depois, em 1866, desposou Elvira Ferreira de Almeida e no ano seguinte veiu ao mundo o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Procurou o ganha-pão como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Rafael Bordalo Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável, tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Cómico, Ilustrated London News, Ilustración Española y Americana, L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria – actual Largo Raphael Bordalo Pinheiro – no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores. Três anos depois, em 1866, desposou Elvira Ferreira de Almeida e no ano seguinte veiu ao mundo o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Procurou o ganha-pão como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Rafael Bordalo Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável, tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Cómico, Ilustrated London News, Ilustración Española y Americana, L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.
Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria – actual Largo Raphael Bordalo Pinheiro – no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.
2. Defina os seguintes termos.
- Conferir.
- Campino.
- Desenhar.
- Charuto.
- Cena.
- Ganha-pão.
- Abegoaria.
3. Responda às perguntas conforme o texto.
- O que é que supôs para Bordalo Pinheiro o facto de nascer numa família de artistas?
- Onde veio a saber Bordalo Pinheiro da sua verdadeira vocação?
- Que figura típicamente ribatejana foi inspiração das aguarelas?
- Refira os tipos de publicações ilustradas por Bordalo Pinheiro.
- Que publicação valeu a Bordalo Pinheiro a sua consolidação como grafista do humor?
- Que duas grandes qualidades ostentava Bordalo Pinheiro?
- O jantar de homenagem a Bordalo Pinheiro foi um tanto caricato. Porquê?
- Quem é o Zé Povinho?
4. Como o próprio Rafael Bordalo Pinheiro, todos os nascidos em Lisboa são conhecidos pelo gentílico de lisboetas. Identifique, então os gentílicos nas suas flexões de masculino e feminino das seguintes cidades, regiões ou estados.
- Bragança.
- Covilhã.
- Coimbra.
- Castelo Branco.
- Beja.
- Minho.
- Alentejo.
- Algarve.
- Açores.
- Canadá.
- Noruega.
- São Tomé e Príncipe.
- Angola.
- Moçambique.
- Timor.
5. Procure informação sobre o Zé Povinho e escreva-lhe uma possível biografia utilizando os tempos verbais mais adequados.